O relato impactante de uma mãe que enfrenta o luto ao lado do caixão de sua filha após acidente fatal.
Uma história de dor e sobrevivência emerge das trágicas consequências de um acidente entre um caminhão e um ônibus de turismo na Bahia, que ceifou vidas na BR-324. Flávia Carneiro, uma das poucas sobreviventes, enfrenta agora não apenas as sequelas físicas, mas também o luto pela perda de sua filha, Isabela Santos de Almeida, de apenas 14 anos, junto a outros entes queridos.
O episódio fatal ocorreu no final da noite do último domingo, dia 7 de janeiro, próximo a Jacobina, deixando 21 pessoas da mesma viagem de Flávia vítimas dessa tragédia.
O velório de Isabela, ocorrido nesta terça, dia 9 de janeiro, foi marcado por uma comoção profunda na cidade. Em uma cena desoladora, Flávia, ainda enfaixada, deitava ao lado do caixão da filha, compartilhando sua angustiante experiência.
Flávia, em seu relato, revelou os momentos de pânico após o acidente. “Antes de eu conseguir sair do ônibus, comecei a chamar por todos, para ver se alguém me escutava e eu tentava ajudar, mas não escutei ninguém. Chamei por todos”, expressou ela.
A mãe sobrevivente também trouxe à tona o assustador momento anterior à tragédia, mencionando que sentiu o motorista acelerar o veículo, percebendo que o ônibus estava mais rápido do que o habitual.
A viagem que inicialmente estava repleta de expectativas e alegria transformou-se em uma experiência dilacerante para Flávia e sua prima Ana Clara, de 16 anos, que também sobreviveu.
Ambas foram hospitalizadas em Nova Fátima e receberam alta, mas carregam consigo cicatrizes emocionais difíceis de curar.
O doloroso velório de Isabela Santos de Almeida, testemunhado pelos olhos de Flávia, revela a comoção e a tristeza que cercam essa mãe sobrevivente em sua última despedida.
