O cantor e compositor Rubens Antônio da Silva, mais conhecido como Caçulinha, morreu aos 86 anos na madrugada dessa segunda-feira, dia 05. Ele estava internado há uns dez dias no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, mas infelizmente não resistiu às sequelas de um infarto
A notícia foi divulgada pelo G1. Segundo familiares, o velório vai rolar na Capela do Cemitério São Paulo, em Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista, das 11 às 15h. E o sepultamento tá marcado para às 16h, no mesmo local.
“O Caçulinha teve uma vida dedicada à música popular brasileira. Um maestro com ouvido absoluto que tocou com os grandes artistas, gravou mais de 30 discos e alegrou muita gente por 60 anos na TV. Deixa um legado imenso de amor à arte”, diz um trecho do comunicado postado no perfil dele nas redes sociais.
Muita gente conhece o Caçulinha pelas suas participações no Domingão do Faustão. Ele foi o cara que produziu a trilha sonora ao vivo do programa por mais de 20 anos. Dá pra imaginar?
Nascido em 1938 numa família cheia de músicos, ele já mandava ver no piano, violão, acordeão e escaleta com só 20 anos. Ele tocava nas boates da noite paulistana. Antes de se firmar com o Faustão, Caçulinha participou de vários outros programas de TV, como Essa Noite se Improvisa, Raul Gil, Ratinho, Os Trapalhões, Balão Mágico, Clube do Bolinha, Almoço com as Estrelas, Perdidos na Noite, A Praça é Nossa, e por aí vai.
Ao longo da carreira, ele gravou 31 discos de vinil. O último foi lançado em novembro de 2019, comemorando seus 60 anos de estrada na música e na televisão brasileira. É disco pra caramba!
Em 2019, Caçulinha relembrou a saída da Globo. Depois de 26 anos na TV Globo, o instrumentalista contou que não se via mais trabalhando lá. Muita coisa mudou e ele acabou se sentindo deslocado. “A Globo mudou a programação. Tinha acabado o contrato com a empresa pra qual eu fazia o jingle. Terminei o contrato e fiquei esperando, mas ninguém arrumava nada. Parado eu não ia ficar. Fizemos um acordo, eu era PJ [contrato como pessoa jurídica]. Fiquei um ano tocando 30 segundos por domingo. Queria tocar e não tinha mais o que fazer. Aí apareceu o Ronnie Von e assinei contrato com a Gazeta. Foi uma decisão dos dois lados”, explicou ele.
Lembro que, na época, muita gente comentou sobre isso. Foi um abalo para galera que acompanhava o programa. E é curioso pensar como a carreira dele seguiu depois, sempre com a mesma paixão pela música. Caçulinha era um daqueles artistas que parecia viver e respirar música. E é esse amor pela arte que vai ficar na memória de todos que acompanharam sua trajetória.
Recentemente, tem rolado bastante conversa sobre como esses grandes nomes da música deixam um vazio quando se vão. E, no caso do Caçulinha, não é diferente. Ele deixou uma marca profunda na música popular brasileira e na televisão. É uma perda que muitos estão sentindo, mas também uma vida que deve ser celebrada pelo legado que ele deixou.
Caçulinha, com certeza, vai ser lembrado por muito tempo. E quem sabe, novos músicos vão se inspirar na sua história e continuar a trilha que ele começou. Afinal, a música nunca para, e é isso que faz dela algo tão especial.